Rio 450 anos

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Carlos Drummond de Andrade


Série Conheça Nossos Escritores
Carlos Drummond de Andrade



Este consagrado poeta brasileiro nasceu em Itabira, Minas Gerais no ano de 1902. Tornou-se, pelo conjunto de sua obra, um dos principais representantes da literatura brasileira do século XX.


Quadrilha


João amava Teresa que amava Raimundo


que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili


que não amava ninguém.


João foi para o Estados Unidos, Teresa para o 


convento,


Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,


Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto


Fernandes


que não tinha entrado na história.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Cecília Meireles


Série Conheça Nossos Escritores
Cecília Meireles

Com certeza você conhece algum poema de Cecília Meireles, a extraordinária poetisa carioca, que nasceu junto com o século XX escreveu poesias que representam o pensamento de toda uma época.



Colar de Carolina

Com seu colar de coral,
Carolina
corre por entre as colunas
da colina.
 
O colar de Carolina
colore o colo de cal,
torna corada a menina.
 
E o sol, vendo aquela cor
do colar de Carolina,
põe coroas de coral
 
nas colunas da colina.

sábado, 2 de junho de 2012

Carlos Drummond de Andrade



Série Conheça Nossos Escritores
Carlos Drummond de Andrade


Em 2002, foram muitas as comemorações pelo centenário de nascimento do escritor Carlos Drummond de Andrade, no Brasil e no exterior. A Cidade do Rio de Janeiro optou por homenagear Drummond com uma estátua. O artista Leo Santana, nascido na cidade mineira de Itabira – assim como o poeta –, foi o criador da estátua que representa o escritor sentado na Praia de Copacabana.





Mãos dadas
 

Não serei o poeta de um mundo caduco.

Também não cantarei o mundo futuro.


Estou preso à vida e olho meus companheiros


Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.


Entre eles, considere a enorme realidade.


O presente é tão grande, não nos afastemos.


Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.


Não serei o cantor de uma mulher, de uma história.


Não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista na janela.


Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida.


Não fugirei para ilhas nem serei raptado por serafins.


O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,


a vida presente.